sábado, 19 de abril de 2014

A História Resumida Sobre: Ditadura Militar até o FHC



JUNTA MILITAR (02/04/1964 a 15/04/1964)
·  Formada pelos ministros Gal. Costa e Silva, Tenente-brigadeiro Francisco Corrêa de Melo e o vice-almirante Augusto Rademaker Grunewald.
·  Em seu período promoveu cassações políticas e expurgos, tanto em civis quanto militares.
·  O Poder dos militares no Brasil agradou tanto os EUA que eles, inclusive, desativaram a Operação Brother Sam, que previa a intervenção militar no Brasil caso Jango continuasse no poder.
·  Colocaram em prática o AI-1 (Ato institucional número 1) que revestia o executivo de poderes especiais como elaborar leis  emendas sem a aprovação do legislativo, além de caçar, prender e suprimir direitos políticos de quem quisesse.

GOVERNO CASTELO BRANCO (1964 – 1967)
·  O Mal. Humberto Castelo Branco assumiu o pode prometendo a volta da democracia e o fortalecimento do capitalismo privado (extinguindo assim as medidas protetoras e investidoras na indústria brasileira, tomadas por Jango).
·  Pôs em prática o AI-2, onde tentou mascarar uma volta da democracia com a extinção dos partidos políticos (que acabaram, alguns, como o PC, ficando na ilegalidade e sendo violentamente caçado) na implantação do bipartidarismo (ARENA e MDB, ambos ligados aos militares).
·  Lei Suplicy: expulsão de estudantes e professores das faculdades, após a intervenção em 425 sindicados, para tentar evitar manifestações em relação ao arrocho salarial que implantou para tentar favorecer a concentração de renda.
·  Editou o AI-4 (Lei da Segurança Nacional) para também legalizar as cassações feitas em seu mandato e colocar e anular a constituição de 1946, para por em prática a Contituição de 1967.

GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)
·  PED – Plano Estratégico de Desenvolvimento.
·  A morte do Estudante Édson de Lima Souto, após uma invasão e quebra-quebra da polícia no Restaurante Universitário do Rio de Janeiro para evitar uma passeata dos estudantes contra a expulsão de professores e estudantes da universidade. Esse fato acabou gerando, no dia seguinte, a reunião de 50 mil pessoas num velório público em homenagem a Édson.
·  A passeata dos 100 mil reuniu estudantes, ativistas, intelectuais, artistas, entre outros, contra a ditadura e exigindo a liberdade democrática, após o fato ocorrido com o estudante.
·  O 30º Congresso da UNE, terminou na prisão de todos os alunos participantes, devido as ofensivas contra a Ditadura.
·  Alunos simpatizantes a Ditadura da Universidade Mackenzie enfrentaram alunos da USP num pedágio realizado pelos universitários que acabou na morte do jovem estudante José Guimarães, da USP.
·  Formação da Frente Ampla, contra a ditadura, onde reunião João Goulart, Juscelino Kubitschek e Carlos Lacerda (sim, o jornalista que quase morreu no Gov. Getúlio, que tinha como Ministro o próprio Jango).
·  Greves dos operários em Contagem (MG) e Osasco (SP).
·  Grupos esquerdistas de luta armada começam a atuar contra a repressão.
·  Nesse governo ocorre a Guerrilha de Caparaó (MG), organizado por ex-militares expulsos das Forças Armadas com o apoio de Brizola e apoio financeiro de Cuba, contra a Ditadura e inspirada na Revolução Cubana. Quando Cuba decide apoiar a guerrilha de Carlos Marighela, a luta na Serra de Caparaó acaba meio abandonada e muitos acabam morrendo. Para ganhar o apoio da população local, o exército promove ações sociais, recreações e filmes exaltando o Governo Militar.
·  68 municípios, incluindo capitais, são transformados em áreas de Segurança Nacional. Dentre eles cidades gaúchas como Bagé.
·  Na mídia, Márcio Moreira Alves (MDB) convoca a população a boicotar a parada de 7 de setembro.
·  Acordo MEC-USAID, implantava o modelo estadunidense nas universidades brasileiras.
·  AI-5 e outras 12 emendas: Fechamento do Congresso Nacional! Amplos poderes para o Governo Militar.
·  Construção da ponte Rio-Niterói.

2ª JUNTA MILITAR (31/08/1969 a 30/10/1969)
·  Sequestro do embaixador dos EUA no Brasil, Charles Elbrick (ver filme “O que é isso companheiro”).
·  Elaboração da Constituição de 1969.

GOVERNO MÉDICI (1969 - 1974)
·  O Bajeense Emílio Garrastazu Médici, General comandante do III Exército, líder expoente da “linha dura” e ex-chefe do SNI (Serviço Nacional de Informações) toma posse.
·  Pôs em prática, como ninguém, o AI-5, usando o lema “BRASIL: AME-O OU DEIXE-O”. Ufanismo claro “Ninguém segura esse pais!”.
·  Espalhou os DOI-CODI (Destacamento de Operações e Informações – Centro de Operações de Defesa Interna), órgãos de investigação, interrogação e tortura, extremamente repressivos, por todo país.
·  Instalou o 1º PND (Plano Nacional de Desenvolvimento), o PIN (Plano de Integração Nacional) e o PMB (Plano de Metas e Bases para a Ação do Governo).
·  Ocorre o “Milagre Brasileiro” – Crescimento do PIB em 11,2%.
·  Surgimento da “Imprensa Nanica” com o jornal “O Pasquim”, periódico semanal em oposição ao Regime Militar.
·  As caçadas do Governo a Carlos Lamarca (do movimento VPR), guerrilheiro, finalmente tem sucesso e ele acaba morto em 1971. (Ver o filme “Lamarca”).
·  Desaparecimento do Deputado Rubens Paiva (Crítico da Ditadura).
·  Obras “faraônicas” são feitas em seu governo, como a Transamazônica, conclusão da ponte Rio-Niterói, assinatura para a construção de Itaipu, etc.
·  Repressão aos grupos armados (VAR-Palmares; MR-8; VPR; PC do B; AP; PCBR; ALN).
·  Assassinato do guerrilheiro Carlos Marighella (ALN), que chegou a escrever um manual de como organizar uma guerrilha, chamado “Manual do Guerrilheiro Urbano”.
·  Sequestro dos embaixadores do Japão, Alemanha e Suiça.
·  Guerrilha do Vale da Ribeira (SP).
·  Guerrilha do Araguaia, nos estados de GO, PA e MA.
·  Criou o Mobral (movimento brasileiro de alfabetização).
·  A crise do Petróleo compromete o seu “milagre economico”.

GOVERNO GEISEL (1974-1979)
·  Empresa Brasil/Paraguai – Construção da Usina de Itaipu.
·  Distenção “lenta gradual e segura”.
·  II PND.
·  Acordo Nuclear com a Alemanha – Angra I.
·  Morte de Manoel Fiel Filho e Vladmir Herzog (enforcado) nas dependências o DOI-CODI de SP.
·  Destituição do Gal. Ednardo Mello do comando do 2º Exército
·  Lei Falcão (1976) – Candidatos não podiam se manifestar, só falar seu currículo.
·  Pacote de Abril – Fechamento do congresso.
·  Greves do ABC – Metalúrgicos em 1978.
·  Segunda crise do petróleo.
·  Contratos de risco para a exploração do petróleo.
·  Estabelecimento das relações diplomáticas com a China.
·  Fim do AI-5.
·  Denúncia por Caetano Veloso das Patrulhas ideológicas.

GOVERNO FIGUEIREDO (1979 – 1985)
·  Inauguração de Angra I – 1981.
·  Abertura política.
·  III PND.
·  Lei da Anistia – “O Bêbado e a Equilibrista” como Hino.
·  Pluripartidarismo – LOP (Lei Orgânica dos Partidos), liberação da criação dos mesmos.
·  PMDB, PDT e PT (partidos da oposição).
·  PDS (partido da situação, antigo ARENA).
·  Reconstrução da UNE.
·  Atentados de direta: carta bomba na OAB e atentado no Rio-Centro (atentado militar contra o PT).
·  Eleições diretas para governador de Estado.
·  Vitória da Oposição no RJ: Brizola (PDT), em MG: Tancredo (PMDB), em SP: Franco Montouro (PMDB).
·  Brasil no FMI.
·  Visita do Presidente Reagan ao Brasil ( -“I’m Very Happy to Visit Bolívia!” )
·  Projeto Antártico Brasileiro.
·  Surgimento da CUT (Central Única dos Trabalhadores) – 1983.
·  Campanha das Diretas Já! (1984)
·  Derrota da emenda Dante de Oliveira, que traria as eleições diretas.
·  Eleições indiretas pra presidente ocorrem com vitória de Paulo Maluf, sobre o Tancredo. Porém Tancredo com o apoio do Senado derrubam Maluf e Sarney acaba assumindo a presidência da república, após a morte de Tancredo.
·  Fim da ditadura Militar.

GOVERNO SARNEY (1985 – 1989)
·  Eleições diretas para prefeito.
·  Convocação do congresso constituinte.
·  Reaproximação com Cuba.
·  Reestabelecimento das eleições diretas para Presidente e a eliminação do colégio eleitoral.
·  Restauração das eleições diretas para prefeitos, das áreas de segurança nacional e das estâncias hidrominerais.
·  Liberalização das atividades sindicais.
·  Direito de voto para os analfabetos.
·  Liberdade de organização de novos partidos e legalização dos que viviam na clandestinidade, como PCB e PC do B.
·  Alguns entulhos autoritários ainda persistiam, pós ditadura como a Lei de Segurança Nacional, a Lei de Imprensa e o direito do Presidente de baixar Decretos-lei, dentre os principais.
·  Plano Cruzado – baseado no controle de preços e na desindexação da economia através da extinção da correção monetária, com o objetivo de estabilizar.
·  Com o fracasso do plano Cruzado ainda vieram o Plano Bresser e o Plano Verão (Cruzado Novo) que também fracassaram. No fim do governo, a inflação chegava a 2% ao dia.
·  Constituição de 1988:
- Presidente não podia mais baixar decretos-lei.
- Garante-se aos índios a posse da terra que já ocupam tradicionalmente, competindo a união demarcá-la e protegê-la.
- As propriedades rurais que nãoestiverem cumprindo sua função social poderão ser desapropriadas pelo governo mediante indenização prévia.
- Voto será facultativo dos 16 aos 18 e obrigatório até os 70.
- Racismo vira crime inafiançável sujeito a pena de reclusão.
- Assegurados ao trabalhador as liberdades sindical e de greve, exceto aos que trabalham em atividades essenciais.
- Férias remuneradas acrescidas do 1/3 do salário.
- Os direitos se aplicam a todo e qualquer trabalhador.
- Jornada de trabalho é de 44h e hora extra paga com 50% do valor a mais.

GOVERNO COLLOR (1990 – 1992)
·  Eleito em 1989. Primeiro presidente eleito pelo voto direto.
·  A população, iludida com os discursos do novo e jovem presidente, não enxergavam que seu governo era composto por inúmeros apoiadores e pessoas diretamente ligadas a ditadura militar, além de que ele e seus integrantes participaram ativamente dos governos anteriores durante anos, participantes da Frente Liberal.
·  Plano Collor – mudou o nome da moeda para Cruzeiro. Reteve todos os depósitos em contas que seriam devolvidos somente em 12 parcelas a partir de 1991. Quem tinha dinheiro em conta, pode sacar no máximo 50 mil cruzeiros ou 20% do valor que possuía. O país todo ficou sem dinheiro, inclusive aqueles que iam viajar ou comprar imóveis novos.
·  Tragédias – pessoas se suicidaram, se marginalizaram, virou um caos.
·  Novos impostos além de aumento dos já existentes.
·  Governo neoliberal, reduziu a interferência do Estado na economia, facilitou a importação de bens de consumo e acelerou o processo de privatização da economia, liberando preços.
·  Salários congelados, devido a alta inflação, não recebiam os reajustes e diminuíam o poder de compra dos trabalhadores.
·  Como todo o caos econômico, no final de 1991 mais de 2,5 milhões de pessoas perderam o emprego e o salário correspondia a 40 dólares.
·  Grupos de extermínio, formado por ex-policiais e marginais começaram a matar mendigos e meninos de rua, chegando a 2 por dia. Financiados por comerciantes temerosos de serem assaltados.
·  No final de 1991, Collor alcançou 60% de rejeição.
·  O presidente gastou 2,5 milhões de dólares para reformar o jardim da casa da Dinda (de sua propriedade), em meio a crise.
·  Operação Uruguai – plano forjado para justificar a origem dos milhões de dólares que Collor gastava abertamente.
·  A ex ministra Zélia de Mello, que era envolvida com transações ligadas a venda de café no  interior, foi desmascarada sobre seu envolvimento com o esquema PC Farias, de onde lucrara.
·  A primeira dama usou dinheiro da LBA (Legião Brasileira de Assistência) para pagar a festa de uma amiga.
·  Collor convocou uma manifestação verde amarela para tentar ganhar força com as massas, porém as pessoas saíram as ruas vestidas de preto, ficando conhecido como O Dia de Luto.
·  Movimentos estudantis, os caras pintadas, saiam as ruas cantando Alegria Alegria de Caetano Veloso, reeditando as manifestações rebeldes dos anos 1960, pedindo o impeachment do presidente.
·  Em 29/09/1992 a câmara dos deputados aprovou no senado o impeachment do presidente e ele teve de se retirar do palácio aos gritos de ladrão, pela população.
·  Condenação de Collor por crime de responsabilidade e teve seus direitos políticos suspensos por oito anos, alem de responder na justiça por formação de quadrilha e corrupção passiva.
·  Hoje Fernando Collor de Mello participa ativamente da política, tendo sido candidato a governador de Alagoas em 2010. Porém depois de escândalos onde ele foi proibido de citar Lula e Dilma em sua campanha, onde ele usava o nome do ex e da atual presidente constantemente, ele acabou perdendo a eleição. Mesmo depois de todos os acontecimentos, é um nome forte no cenário nacional do partido PTB, o 14.

GOVERNO ITAMAR FRANCO (1993-1994)
·  Extinção do SNI, órgão de informações da ditadura, criando outro parecido, porém desmilitarizado e mais democrático.
·  Criação do CONSEA (Conselho de segurança alimentar).
·  Lei do Cinema – incentivo governamental a arte visual.
·  Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal.
·  Código Nacional de Trânsito estabelecendo prioridade absoluta para o pedestre.
·  Primeiro submarino construído no Brasil, o Tamoio.
·  Missões de paz coordenadas pela ONU.
·  Lei da Informática – redução do imposto de renda em empresas que investem pelo menos 5% em tecnologia.
·  Primeiro satélite brasileiro.
·  Consolidação do Mercosul  - Petrobrás transforma a Argentina no 2º maior fornecedor de petróleo, importado pelo Brasil.
·  Plano Real – Fernando Henrique ministro da fazenda. Com a inflação controlada e o Brasil tetracampeão de Futebol, FHC é eleito o novo presidente do Brasil.

GOVERNO FERNANDO HENRIQUE (1995 – 2002)
·  Eleito com 54% dos votos.
·  Maioria confortável no congresso.
·  Aliou-se a veteranos conservadores e da época da ditadura como Marco Maciel (seu vice), José Sarney, Antônio Carlos Magalhães, etc.
·  Privatizou empresas estatais.
·  Liberou importações.
·  Fez cortes  nos gastos sociais, visando mais a economia.
·  Plano Real dominou as importações porém trouxe problemas como a supervalorização da moeda, facilitando a importação e dificultando a exportação. Balança comercial externa negativa.
·  Juros altos, recolhimento de moeda nos bancos, diminuiu a circulação monetária e dificultou a vida de empresários que desejavam tirar empréstimos. Juros altos aumentavam a dívida interna do governo.
·  Bancos perdem os lucros, e recebem ajuda do governo.
·  Lei das concessões Públicas, exploração dos serviços prestados pelo Estado.
·  Quebra do monopólio estatal das telecomunicações e da Petrobrás.
·  PROER – Salvou bancários quebradas por suas falcatruas com o dinheiro público.
·  CPMF – O imposto do cheque.
·  Massacre de Eldorado de Carajás – Por ordem de Almir Gabriel (PSDB) a polícia atirou e matou 19, além de ferir 50 sem-terras que aguardavam promessas do governo em uma propriedade.
·  Caso dos Precatórios - O maior escândalo financeiro da história do Brasil e um dos maiores do mundo. Foram desviados 2,5 bilhões de reais, e ninguém foi condenado. Como um comparativo, o escândalo do mensalão, que está na mídia, envolve 100 milhões de reais, ou seja, o equivalente a menos de 1% do caso dos precatórios.
·  Aprovada em 1997 a reeleição para prefeitos.
·  Privatizado em 1997 a Vale do Rio Doce.
·  Com a reforma na CLT, cai a estabilidade do emprego público.
·  Epidemia de dengue, em 1998.
·  Reforma da Previdência.
·  Privatização da Telebrás.
·  Crise da Rússia causa cortes na área social brasileira.
·  FHC, mesmo depois de todos os escândalos e da miséria enfrentada pelo país é reeleito presidente.
·  Em dezembro de 1998, o FMI empresta mais 41 bilhões de reais ao Brasil para que o país não vá para o fundo do poço.
·  Em Abril de 99, CPI do Judiciário desvenda o esquema de 170 milhões do Juiz Nicolau dos Santos Neto.
·  Ministério da Defesa.
·  Ministério da Integração Nacional e Secretaria Geral da Previdência.
·  26/08/1999 a marcha dos 100 mil, protesto contra o governo FHC.
·  22/04/2000, a festa dos 500 anos na Bahia é m vexame, marcado por confrontos entre a população descontente com o governo e a polícia. A Nau Capitania, uma réplica da Caravela de Cabral, paga pelo governo com 3,8 milhões de reais não chega ao Brasil.
·  Organização do MST promove invasão em 20 estados ao mesmo tempo além de invasões em prédios públicos.
·  Doença da Vaca Louca, inexistente e denunciada por compradores estrangeiros devido a falhas na documentação pelo governo prejudica a pecuária brasileira em 2001.
·  Extinção da SUDENE e da SUDAM.
·  Escândalo do painel do senado mostra manipulação nas votações.
·  O apagão de 2001. Racionamento de energia, depois de várias capitais ficarem no escuro.
·  Colapso energético na Argentina desvaloriza o real em 27% e o governo novamente estuda pedir empréstimo ao FMI.
·  No Brasil, com o dólar valendo R$3,00, o governo pede mais 30 bilhões ao FMI.

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